Muitas novidades pós-férias

Hoje, dia 26 de março, volto ao trabalho depois de merecidos 20 dias de férias!

Primeiro, gostaria de pedir desculpas a todos que não pude atender nesses dias e já também agradecer aos queridos que me esperaram voltar! Muito obrigada pela compreensão e confiança!

E agora sim, vamos lá!

O Gui programou as férias dele para esse mês de março, mês que faríamos 5 anos de casados! Eu vinha me programando para tirar uns dias para ficar com ele, mas não estava pensando em nada demais. Aí, uns 2 meses antes, voltando de um dia inteiro passado com a nossa querida Jaque, ele me disse ainda no carro: andei pensando e pesquisando e acho que a gente devia ir para a Espanha. E eu comecei a chorar na hora! Ainda perguntei se ele não queria ir para algum outro lugar. E ele disse: Não, para nossa primeira viagem à Europa eu vou te levar para ver Gaudí! Buaaaaá horrores!!! Luz da minha vida!!! E pode tirar os olhos que esse marido é meu!!!

Eu, a minha vida inteira, tive meus olhos voltados para o lúdico: artes, poesia, livros e mais livros, e um mundo inteiro feito de vitrais.

E a Espanha é o berço do renascimento dos vitrais na modernidade. Desde muito tempo meu pai tem um livro que se chama Las Vidreiras Modernas Catalanas. Um livro maravilhoso que a gente viu e reviu milhares de vezes. Aqueles vitrais, a maioria de Barcelona, tornaram-se familiares para mim. E eu sempre sonhei poder vê-los. Esse é o primeiro grande motivo do Gui querer me levar para a Espanha.

O segundo é talvez mais claro para vocês: Gaudí! Eu amo amo amo Gaudí! Desde que comecei o blog o Gui está me cobrando um post sobre ele. Mas eu estava esperando a hora certa.

O começo do meu amor é assim: depois que eu vim para São Paulo eu me aprofundei mais no mundo das pinturas, para simplificar a coisa toda. E despretensiosamente me apaixonei por Klint. Primeiro eu me apaixonei por um quadro não tão conhecido, fui pesquisar e acabei enlouquecida pela obra toda. O Klint trouxe para a minha vida artística os meu amados arabescos, o dourado e a Art Nouveau. Amando tudo que eu amo, como não amaria a Art Nouveau?! Todas aquelas mulheres em seus longos vestidos cheios de dobras, gatos, arabescos e detalhes! Daí acabei amando também Mucha. Alphonse Mucha. E depois dele descobri Gaudí. Gaudí também é Art Nouveau. Arte Nova. Mesmo movimento artístico que na Espanha se chama Modernismo.

Além  do óbvio da obra de Gaudí que é toda aquela imensidão artística junto com a arquitetura, os vitrais e os mosaicos usados de forma tão constante e presentes sempre, todo um universo de arabescos e afins, a coisa que eu mais gosto em Gaudí é que ele é o maluco dos detalhes. Eu sinceramente não consigo entender como ele conseguia criar tudo aquilo: cada canto que você olha tem um detalhe diferente. Todo cantinho mereceu sua atenção. A cada novo olhar, uma surpresa. É absolutamente incrível e indescritivelmente emocionante.  Logo mais prometo escrever um post só sobre esse artista maravilhoso e tudo que vimos na Espanha, e duvido que você também não acabe se apaixonando.

Então, queridos, passamos 10 dias na Espanha. Eu e o meu Amor. Vimos a linda Madri e depois vivemos Barcelona! Nunca tinha visto nada tão lindo! Parece um sonho. Passei os dias rendida,  emocionada por estar vendo tudo aquilo. Obrigada, meu amor, por me proporcionar tudo isso!

Aí, queridos, depois que cheguei, meu pai tinha que me mandar umas cositchas de Minas e acabou, finalmente, mandando meus vitrais. Só instalei um até agora, mas já é o suficiente para me alegrar infinitamente. Agora desço minhas escadas, olha para ela e sorrio. Ela, digo, é a moça do meu vitral. (Estamos escolhendo um nome, afinal, ela merece). Maravilhosa!!!

E eu resolvi já mostrá-la nesse post porque o desenho que eu escolhi para o meu vitral é uma releitura e uma homenagem à obra American Crescent Cycles, de Fred Winthrop Ramsdell, obra do movimento Art Nouveau. É um quadro divino, que eu me apaixonei de cara, e acabei fazendo uma adaptação para o vitral que vai ser o centro da ‘loja’ da Casa de Mosaico, para que o belo, o lúdico e a leveza da Art Nouveau estejam sempre presentes nos nossos dias.

Então aqui estou, novinha em folha, super inspirada e de volta ao trabalho com todo gás!

Aguardo vocês por aqui! Beijinhos, Thá

A nova mesa preta de mosaico

Depois que eu fiz o espelho oval  para ‘combinar’ com a mesa preta e não tinha mais a mesa preta, já que ela é da Isabela, tinha que fazer uma nova mesa preta.

Mas vamos ao começo. Eu gosto e muito de móveis antigos. E o Gui também. Então, a gente costuma ir a brechós e afins garimpar algumas cositas. E eu adoro ir ao Bazar Samburá, do Lar e Escola São Francisco. Inclusive recomendo para todo mundo. Mas você tem que ir de bom humor e procurar com bons olhos. Já achei coisas muitos legais lá.

E há algum tempo, nós conseguimos ir até lá numa terça-feira (durante a semana é muito melhor que sábado) e logo que entramos vimos uma lindíssima cadeira de balanço de palinha em perfeito estado. O Gui saiu correndo, chamou um vendedor e já etiquetou como sua. Estávamos num dia de sorte! Para encurtar, além da cadeira de balanço que ninguém acredita que compramos usada, perfeita e no preço que compramos, achamos também uma cômoda com pés curvados, tipo aqueles móveis da Bela e a Fera, uma cadeira de pés curvados, ambos para a ‘loja’, e um maravilhoso pé de ferro para mesa, que estava lá muito escondidinho.

Trouxemos tudo aquilo para casa maravilhados! Colocamos tudo no lugar. E eu levei o pé de mesa para o Atelier. Cortei um tampo de vidro e comecei a colocar coisas em cima da mesa. Eu sempre olhava para ela com aquela vontade de fazer algo, mas sem saber o que. Mudei de idéia várias vezes sem conseguir me decidir. E como ela ficou lá muito tempo, acabou fazendo parte do Atelier.

Mas agora eu precisava de uma mesa linda para ‘combinar’ com meu espelho oval de arabescos! E nada mais perfeito do que ela, que tem aqueles lindos pés curvados em arabescos nas pontas. Pois bem, com tudo decidido, mãos à obra!

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Fiz um desenho com muitos arabescos feitos de espelhinhos 0,5 x 0,5 cm. Um trabalho sem fim! E preenchi com vidro preto. Para finalizar, rejunte branco.

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O tampo é mosaico de vidro sobre vidro, e tem uma base de madeira embaixo. Como o pé é de ferro, ela pode ficar ‘no tempo’, é só retirar a parte de madeira. Super versátil! E linda, linda, linda! Vai ser difícil me desapegar. Mas fazer o quê?! Os filhos a gente cria para o mundo.

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Ela mede cm. É maravilhosa! Está à pronta-entrega e pode ser sua.

Beijos, beijos! Thá

As boas vibrações do Atelier

Não sou só eu que curto (MUITO) meu atelier… Todo mundo que entra lá fica dando voltas, olhando para todos os lados e fala:  “Nossa, quanto vidro! Nossa, quanto potinho! Nossa, que legal! ”

E é muito legal mesmo. ADORO! Aparentemente, a Satine também adora. Ela vive lá. É presença constante. Tanto que tem até cama lá. Mas ultimamente os outros ‘bichos’ daqui de casa também têm se acomodado por lá.

Semana passada o Nonato, meu padrinho, saiu de férias e deixou seu cachorro – o Mog – aqui conosco. Eu ai trabalhar e ele ia também.

A Satine deitava na cama dela e ele queria ficar embaixo do meu banco, então coloquei um tapete pra ele. E lá passamos a semana. Eu trabalhando, pobre de mim, e os dois, Satine e Mog, dormindo largados!!! De fazer inveja!

De vez em quando a Gabi também dá o ar de sua graça. Mas hoje, desde cedo, ela está lá dormindo na cama da Satine. Pra não gerar maiores confusões coloquei o tapete mais uma vez. Acabaram as duas no tapete!!

E eles dormem todos tão gostoso que o Atelier só pode ter boas vibrações. Eu, que ando dormindo muito mal, estou pensando seriamente em passar a dormir por lá! Vai que dá certo!!!

Beijinhos e até mais! Tô com um soninho…

O meu querido Atelier

Enquanto eu olhava dezenas de casas até chegar aqui, foi um longo caminho, não se engane, eu sonhava com uma casa que tivesse espaço para meu Atelier.

E depois de lágrimas, crises nervosas e dores de cabeça por todos os problemas que alguém pode ter para conseguir uma casa no mundo – e que aconteceram com a gente -, finalmente nos mudamos para nossa casa perfeita!

Pintamos a casa e mexemos em algumas coisinhas. Na verdade, eu pintei a casa! Isso mesmo! Todinha! E comecei a colocar as coisas em ordem. Levou algum tempo até conseguir chegar ao Atelier.

Nos meus livros de mosaico, um sempre chamou mais a minha atenção: “Encyclopedia of Mosaic“, de Elaine M. Googwin, onde há uma foto dela em seu Atelier, com prateleiras cheias de potinhos de vidro. E eu sempre pensava que um dia ia ter um Atelier daquele jeito.

Pintei as paredes de esmalte, para ficar mais fácil de limpar, medi as paredes, desenhei prateleiras e mandei cortar a madeira na Rua do Gasômetro. Lá também comprei todas as mãos francesas e os milhares de parafusos para elas. Furei tudo com minha super furadeira e instalei tudinho sozinha! Sou Super Power!!! Fiquei com calos nas mãos de tantos parafusos.

Eu sou meio ‘torta’, logo nem todas as prateleiras ficaram retinhas… são minhas prateleiras bêbadas! Mas eu adoro mesmo assim! Sem grandes traumas ou perfeccionismos!

Tenho prateleiras em 4 paredes. Enchi tudo com potinhos de vidros coloridos! E sabe, quando tudo estava pronto eu vim para casa e depois de algum tempo escutei um barulho parecido com o barulho do fim do mundo! A parede de trás estava meio fofa, mas eu não achei que era para ficar preocupada… Estava totalmente enganada. A prateleira de cima veio abaixo trazendo as outras duas! Milhões de pedacinhos de vidro se misturaram. Tive vontade de chorar! Mas acabei rindo de desespero! Mas não desanimei. Juntei tudo misturado mesmo em potinhos de novo para separar depois e recoloquei as prateleiras com parafusos maiores. Levei meses para separar os vidros!

E aí: mesa, ferramentas, armário, espelhinhos na porta, jardineiras com flores do lado de fora, enfeites nas paredes! Tudo pronto! E eu amo meu Atelier! AMO! Me sinto aconchegada e em paz. Adoro ficar lá.  E como onde eu estou a Sá está, lá ela também tem seu lugar!

Meu Atelier é meu sonho realizado! Fique à vontade para entrar e conhecer, desde que não mexa em nada, claro, que eu sou brava horrores!!!!

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Minhas principais ferramentas de trabalho: cortador, alicates, espátulas para colar e pinça.

Meu cortador está bem velhinho. Está até colado. Eu tenho outro, mas não consigo trocar.

Minha mesa: só arrumo no final de cada projeto! Se o projeto durar 20 dias, são 20 dias de bagunça! E no fim, tudo certinho para começar de novo!

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