Há muito tempo atrás eu me apaixonei por Klimt… muito tempo mesmo, bem antes de O Beijo virar febre.

Daí, uma amiga do Gui, a Thaís, foi para Viena e trouxe pra ela uma agenda do Klimt. Estava usando quando o Gui comentou com ela que eu amava esse brilhante pintor. E ela, fofa mais que fofa, me mandou de presente sua agenda, cheia de anotações e tudo!

Atente para o ano: 2004!

Foi nessa agenda que eu conheci o quadro dele que mais amo: La Dame à l’éventail (A Dama com o Leque). Comecei a procurar mais sobre ele. Na internet, nos livros especializados publicados no Brasil. Nunca encontrava nada. Estranho que um quadro tão lindo assim não estivesse por todo canto. Depois de muito procurar descobri que ele morreu sem finalizar esse quadro. E que por isso ele passou muito tempo sem entrar na lista de obras do autor. Hoje você encontra reproduções mais facilmente. Bem como informações sobre essa linda obra.

Tanto que nós compramos uma gravura de excelente qualidade na All Posters alguns anos atrás. Ela foi lindamente enquadrada e fica no nosso quarto. Aqui em casa temos também O Beijo, um pedaço de A esperança II, que fiz em mosaico.

Enquadramos meu lindo quadro e sabíamos que ele ficaria no quarto. Mas levamos um tempo até decidir onde. Todo mundo falava: coloque em cima da cabeceira… E eu sempre com um pé atrás… Resolvemos colocá-­lo de frente para a cama. Ficou perfeito onde está. E eu posso olhar pra ele enquanto estou na cama, que é onde fico na maior parte do tempo que estou no quarto, não é?!

Não me canso de olhar pra ele. É um exercício delicioso. E desde o início, como não poderia deixar de ser, eu quero fazer algo em mosaico com ele. Já pensei em fazer diversas cositas… E sempre, sempre venho pensando em usar suas flores. Tão lindas e diferentes flores merecem estar passeando por aí. Então, dia desses, depois de muito olhar e muito pensar, desenhei as flores e levei para o Atelier. E mesmo assim não conseguia decidir como usá­las. E foi aí que, numa tarde que eu não estava me sentindo muito bem e me deitei para descansar, olhando para meu querido quadro, me decidi.

Tudo se fez claro na minha cabeça: usaria suas flores numa moldura de espelho diferente que tinha feito. E o fundo seria preto. Visualizei o efeito das cores usadas tão lindamente por ele ressaltadas no fundo preto. Seria isso.

E cá está meu espelho com flores do Klimt. Estou completamente rendida, absolutamente apaixonada.

É uma peça única, claro. Mede 51×51 cm. Está à pronta­-entrega no site, afinal, criamos nossos filhos para o mundo.

Duas coisas ainda precisam ser ditas: A primeira é que Gustav Klimt era um apreciador de mosaicos. Mudou seu jeito de pintar depois que conheceu os mosaicos bizantinos e suas composições douradas. Isso é bem claro na evolução de sua obra. E me deixa muito mais feliz.

A segunda é que eu jamais conseguirei agradecer o suficiente esse presente tão carinhoso que a Thaís me deu. Aquela agenda de 2004 cheia de anotações suas, minha querida, mudou minha vida de tantos jeitos… Nunca me canso de olhar, de folhear!

Muito obrigada!

E não é que em 2011 ela me deu outro artísta amado: Mucha!!! Viva a Thaís!

Beijos, Thaisa.